quarta-feira, 10 de junho de 2009

A MUSICA NA IBCOR

A MÚSICA NA IGREJA BATISTA DO CORDEIRO

A música ocupa lugar relevante na IBCOR desde seus primórdios. As atas, desde as primeiras, registram que em todas as reuniões eram cantados “hymnos”. A ata de 22 de março de 1911 registra que o Seminarista Pereira Salles apresentou a necessidade da criação de um espaço para ensaio musical, sob a direção do professor Callazans, nasterças feiras: "O irmão Seminarista Pereira Salles apresentou a necessidade de que a Egreja criar um ensaio de hymnos e para o qual foi reservado o dia de terça feira de cada semana ensaiado pelo professor Callazans e foi aprovado".

A música na IBCOR tem mantido vivas suas raízes mais antigas, como boa cepa de vinícola, sempre produzindo a rama para o “néctar” musical o louvor ao Deus Trino, Pai, Filho e Espírito Santo. Desde esse inicio, até o presente, quando se completa um século de sua existência, a música na IB do Cordeiro demonstra que tem se desenvolvido, a ponto desta vir a ser conhecida com a “Igreja que canta”, como resultado de pesquisa de opinião realizada na década de setenta, em que foi constatada a excelência do seu canto congregacional. Essa constatação iniciada no período que os seus cultos eram objeto de transmissão dominical em programa radiofônico “Uma prece, uma esperança”.


SALOMÃO LUIS GINSBURG. O seu fundador Salomão Louis Ginsburg, missionário da Junta de Missões Estrangeiras da Convenção Batista do Sul dos Estados Unidos (SBC FMB), homem de muitas virtudes, entre elas a da arte da musica, ao realizar os cultos na congregação iniciada no bairro em 1902, cantava músicas e acompanhava ao harmônio os primeiros hinos do Cantor Cristão com dezesseis cânticos. Na ultima edição do Cantor Cristão mais de uma centena eram de sua autoria ou tradução os hinos: (7)Maravilhas Divinas;(21) Louvor ao Pai e ao Filho; (22) Amor Sublime; (24)Deus é Amor; (37) Amor Glorioso; (44) A Linda História; (46)Jesus me Transformou; (47) Alegria Perene; (56) Reis da Glória; (65) Jesus o Bem Amado;(69)Cristo Exaltado;(71) Amigo Eterno; (89)O Poder no Sangue; (106)O Desejado; (107)Esperando; (110) Quando Cristo Vier; (111)Não Tardará; (120)Louvai a Deus; (124)Cantarei; (125)Redenção; (126)Louvai; (129) Bendita Luz; (140) Domingo; (142) Pão da Vida; (147) Obediencia ao Batismo; (161) Poder Espiritual; (163) Desejos; (168) Chuvas de Bençãos; (171)Avivamento; (176) Tempo de Ser Santo;(184)Há Livre Perdão;(189)Graça Inefável;(194) A Mensagem Celeste; (196) Conta-me; (197) Inabalável; (198) Aleluia; (200) A Vinda de Jesus; (212) Oh Vinde Já; (215) Fonte Bendita; (217) Segue-me; (218) Vinde a Mim; (223) Abrigo; (226) Dá Teu Coração; (227) Despertado Coração; (233)Porque Não Já; (234) Cristo Salva; (243) Vida Eterna; (255) Qual é Teu Refúgio; (263) Luz Divina; (264) Das Trevas; (269) Confissão; (272) Só um Passo; (287) Com Jesus; (288) Perto do Senhor; (295) Tudo Entregarei; (297) Suplica; (301) Crer e Observar; (303) Amor a Jesus; (310) Em Teus Braços; (322) Cristo Valerá; (325) Naufrágio; (331) Glória no Pourvir; (333)Deus é Sabedor; (337) Nada de Desânimo; (339) Não Consintas; (344) Deus Cuidará de Ti; (345) Contar a Jesus; (354) Cada Momento; (356) Jesus como Guia; (364) Filhos de Deus; (369) Só Jesus; (382) Vamos à Igreja; (389) Ventura; (400)Júbilo; (401) Eu sou de Jesus; (406) Confiar em Cristo; (410) Felicidade no Serviço; (420) Servir Alegremente; (426) Gratidão na Luta;(427) Conquistar o Mundo; (429)Ceifando; (431) Acode em Tempo; (432) Avante com Deus; (434) Onde os Obreiros; (435) Ainda há Lugar; (436) Dai-nos Luz; (437) As Boas Novas; (440) A Pátria Feliz; (445) Deves Divulgar; (446) Avançai; (449) Ousados Proclamai; (457) Confiança em Deus; (462) Unidos; (470) O Combate; (471) Vitorioso; (474) Eia, ao Combate; (475) Lutar; (480) Favor; (487) Precioso é Jesus; (500) Glória pra Mim; (517) Querido Lar; (529) Vai Buscar; 552)Mocidade Crente.
Salomão Ginsburg, gigante na evangelização da pátria, é contado entre os músicos batistas do Brasil, por sua contribuição na tradução em mais de cem hinos do Cantor Cristão e de cerca de trinta no Hinário Para o Culto Cristão (HCC). Salomão Luis Ginsburg é referido no livro “HCC Notas Históricas. Se os hino contassem”, de Edith Brock Mulholland, nos seguintes termos: "Salomão Luiz Ginsburg, de origem judaica, filho de um rabino, nasceu próximo de Suwalki, Polônia, em 6 de agosto de 1867. Dos 6 aos 14 anos, viveu em Koenigsberg, Alemanha, onde recebeu educação aprimorada. Quando voltou para casa não concordou com a orientação paterna, pois este queria que ele se tornasse rabino e se casasse com uma jovem de 12 anos. Resolveu fugir. Foi para Londres e lá se converteu a Cristo. Começou a sofrer perseguições. Expulso da casa de outro tio com quem morava, foi desdenhado e considerado morto pela família.
Depois de vagar pelas ruas de Londres, Ginsburg foi convidado para o “Abrigo dos Judeus Convertidos”, permanecendo ali por três meses. Manifestando o desejo de pregar, estudou mais três anos na Escola de Treinamento Missionário Regions Beyond, em Londres e teve alegria em compartilhar sua fé, mesmo em face da perseguição. Numa ocasião foi terrivelmente espancado e deixado como morto num barril de lixo.
Sentindo-se chamado para a obra missionária Ginsburg foi convidado por Sarah Kalley para vir ao Brasil. No caminho passou seis meses em Portugal para estudar a língua: passagem encurtada pela sua publicação de panfletos apologéticos que causaram furor em altos círculos católicos dos pais. Como Paulo em Damasco, seus irmãos tiveram que manda-lo fora do lugar antes que algo pior acontecesse com ele. Chegando ao Rio de Janeiro em 1890, Salomão Ginsburg filiou-se à Igreja Evangé lica Fluminense. Dirigia uma congregação da igreja e se sustentava vendendo Bíblias.
Em novembro de 1891, depois de estudar a fundo o que a Bíblia diz sobre o batismo, foi batizado por imersão na Primeira Igreja Batista da Bahia, por Zachary Clay Taylor. Logo depois foi ordenado como pastor. Em 1892 foi comissionado missionário da Junta de Richmond. Ginsburg pastoreou a Primeira Igreja Batista do Recife (PE), a Primeira da Bahia (BA), a Primeira de Campos (RJ) e a Primeira de Niterói (RJ), além de trabalhar em Mato Grosso e Goiás, sempre evangelizando, sempre implantando igrejas. Por amor de Cristo, sofreu perseguições e prisões, mas nunca desfaleceu. Ginsburg casou-se com Amelia Carolina (Carrie) Bishop, instrumento da sua chamada missionária mas, após 4 meses de casados, ela faleceu na Bahia, vítima de febre amarela. Casou, em segundas núpcias, com Emma Morton, missionária da Junta de Richmond e com ela teve sete filhos.
Salomão Ginsburg fundou o Seminário Teológico Batista do Norte do Brasil, foi Secretário-Correspondente-Tesoureiro da Junta de Missões Nacionais e interessou-se pela evangelização dos índios. Colaborou com vários jornais evangélicos e escreveu em periódicos seculares. Foi também colportor vendendo Bíblias em várias cidades do Brasil. Nos trabalhos de evangelização ao ar livre Ginsburg usava um harmônio e seu grande talento musical. Escreveu muitos hinos belos e espirituais. O primeiro hino que traduziu foi Chuvas de Bênçãos, enquanto esperava desembarcar pela primeira vez no Brasil. Depois de mudar-se para o Recife (PE) publicou, em 1891, um hinário com dezesseis hinos, que chamou de O Cantor Cristão. Nos anos seguintes, continuou a adicionar hinos seus e de outros hinistas, até que, na 11ª edição, constavam 106 hinos de sua autoria. O pastor Manuel Avelino de Souza o chamou de “O Davi dos batistas brasileiros” cujos hinos são “verdadeiras mensagens do evangelho” (...) exprimem santas e belas experiências cristãs, e (...) estão profundamente arraigados na alma dos crentes”. Depois de uma vida de extraordinário ministério, Ginsburg faleceu em 31 de março de 1927, em São Paulo. O HCC inclui entre originais e traduções, 30 contribuições de Ginsburg, um gigante na obra de Deus no Brasil.
Os hinos tocados por Salomão Ginsburg no seu harmônio e cantados por sua voz forte, marcaram para sempre a pequena congregação na vila do Cordeiro. A música foi nela incutida não somente como forma de louvor a Deus mas também como resposta de Deus nos momentos de dificuldades e de vitórias da pequena comunidade. A partir desse inicio, a música na IB do Cordeiro se desenvolveu, a ponto desta vir a ser conhecida com a “Igreja que canta”, como resultado de pesquisa de opinião realizada na década de setenta, em que foi constatada a excelência do seu canto congrega-cional. Essa constatação decorreu especialmente da transmissão dominical no programa radiofônico “Uma prece uma esperança”, dos seus cultos semanais.

ANTONIO CALAZANS E ANTONIO ALCANTARA. A primeira referencia à música na IBCOR como igreja organizada é a contratação do Professor Jose Calazans, músico e professor do Seminário Batista e do Colégio Americano (Gilreath), membro da PIB RECIFE, o qual organizou o coro da nossa Igreja mãe em 1911. A IBCOR aprovou sua contratação para ensaiar o coro da Igreja, como registrado na ata de 22 de março de 1911: "O irmão Seminarista Pereira Salles apresentou a necessidade de que a Egreja criar um ensaio de hymnos e para o qual foi reservado o dia de terça feira de cada semana ensaiado pelo professor Callazans e foi aprovado".
O maestro Antonio Alcântara, professor do Colégio Americano Batista, foi regente de uma orquestra composta de membros de igrejas batistas, da qual foi integrante o professor Isaque Aragão e que se apresentou em algumas festividades da IBCOR. Ensaiou e regeu o coro da IBCOR em alguns periodo. O professor Jose Calazans foi o autor da musica usada para a letra do Hino 540 do Canto Cristão – “Criancinha”.

ISAQUE ARAGÃO. O maestro Isaque Aragão (como era conhecido na denominacional o professor Manoel Alves da Rocha) foi Diretor de Musica da Igreja no final do pastorado de Sebastião Tiago Correia de Araujo e exerceu esse ministério no pastorado David Mein, ate a chegada da professor Bennie Mae Oliveira, e em razão das suas atividades profissionais. Isaque Aragão, durante o tempo em que serviu como Diretor de Música IBCOR, também participou de atividades na denominação, como nos corais para enlevo musical nas assembléias convencionais e nas campanhas evangelísticas.

DAVID MEIN era um apaixonado por música desde a infância. Não fosse tão forte a sua vocação para o Ministério Pastoral e Missões, possivelmente teria sido um bom músico. Aprendeu a tocar órgão e piano, ainda na infância, ao ingressar na univer- sidade em 1935 (Georgetown College, USA), fez o Bacharelado em Letras e, depois de fazer todas as disciplinas do Bacharel em Música, recebeu o respectivo Grau. Na IBCOR sempre procurou ter um auxiliar capacitado nessa área. Assumindo o pastorado da IB do Cordeiro encontrou como Diretor de Música o professor Isaque Aragão (Manoel Alves da Rocha), o qual exerceu esse ministério na Igreja, até que as atividades profissionais o obrigaram a viajar. Na época Isaque Aragão também participou de atividades na denominação, nos corais das assembléias convencionais e nas campanhas evangelísticas. David Mein contou com outros dedicados auxiliares na área: Bennie Mae Oliver, Nabor Nunes e Fred Spann.

BENNIE MAE OLIVER sucedeu ao professor Isaque Aragão, como Diretora de Musica da IBCOR (1959 a 1961). Dinâmica, alegre, dotada de forte carisma, era amada e admirada por seus alunos e por seus irmãos na IBCOR. Missionária, filha e irmã de missio-nários da Junta de Richmond, serviu no Recife onde, em companhia da Professora Cathryn Smith, fundou o Curso de Música do STBNB. No período em que dirigiu música na IBCOR deu nova dimensão à música congregacional na Igreja e na organização dos coros. Em 12 de setembro de 1961, despediu-se da Igreja, transferindo-se para a Columbus Avenue Baptist Church, no Texas (USA). Nessa ocasião recebeu manifestações de carinho da Igreja. Hoje a professor Bennie Mae Oliver está na Glória com o Senhor.

NABOR NUNES FILHO. A música evangélica brasileira recebeu novo alento na década de setenta, com o surgimento de jovem talento que se tornou conhecido pelo estilo de utilizar sons e ritmos sertanejos, como o Pai Nosso Sertanejo. É o pastor Nabor Nunes Filho, paraibano de Itabaiana, pastor auxiliar de David Mein na IBCOR, o qual, passando a se dedicar à área da música evangélica abriu um novo caminho que hoje é percorrido por outros músicos evangélicos: a música regional. Nascido em Itabaiana (PB), em 27 de junho de 1944, filho de Nabor Nunes e Noemi Marques de Figueiredo, sendo sua mãe uma cristã dedicada e que criou o filho no caminho do Senhor, servindo na Igreja. A ela Nabor deve o aprendizado das primeiras noções de música, para a qual ele já demonstrava pendor precoce, a ponto de, na infância ainda, tornar-se organista da Igreja e mais tarde integrante da banda de música da cidade. Durante seus estudos de ginásio e cientifico no Colégio Americano Batista, no Recife, Nabor ouviu uma palestra do pregador David Gomes. “Nabor, sentado ao piano, sentiu que Deus estava tocando em sua vida. Sentiu-se despertado para o ministério”. Para preparar-se para a obra, de 1965 a 1969, Nabor fez o curso de teologia no Seminário Teológico Batista do Norte do Brasil (STBNB) no Recife. Durante estes anos serviu à Igreja Batista do Cordeiro. Recebeu o grau de bacharel em teologia, mas como havia cursado algumas matérias de música, especialmente regência e órgão. No mesmo ano foi consagrado ao ministério e casou-se com a médica Dra. Mirian Correia. Hoje o casal tem três filhos: Adriana e os gêmeos Luciana e Luciano. Assumindo o pastorado da PIB de Corrente (PI), em 1970, Nabor “viveu com o povo do sertão e começou a se interessar por suas angústias e seus problemas”. Ouvindo suas músicas, “sentiu necessidade de interpretar os sentimentos daquele povo através da música sacra”.
Reconhecendo que, para tal, teria de preparar-se ainda mais, Nabor voltou ao STBNB em 1971 e em 1972 recebeu o grau de bacharel em música sacra. Neste período, serviu como diretor de música e auxiliar do Pr Merval Rosa na Igreja Evangélica Batista de Casa Amarela. Ao formar-se, Nabor aceitou o convite do Colégio Batista em Fortaleza, “onde entre outras atividades formou o Conjunto Poder Jovem. Regeu o coro da PIB de Fortaleza durante esse ano. O STBNB chamou Nabor de volta em 1974, para fazer parte do seu corpo docente. Até 1978, além de lecionar várias matérias no curso de música sacra e teologia sistemática no Seminário, ensinou algumas matérias no Seminário de Educadoras Cristãs (SEC), e conto coral e harmonia, por algum tempo, na Universidade Federal de Pernambuco. Regeu o coro da Igreja Batista da Concórdia de 1974 a 1976 e foi ministro de música na Igreja Batista da Capunga, de 1976 a 1978 O maestro Nunes foi palestrante e compositor-regente no histórico encontro dos músicos batistas do Brasil em julho de 1979. No mesmo ano mudou-se para São Paulo, onde ocupou o cargo de regente do coro e professor de várias matérias no curso de música da Faculdade Teológica Batista de São Paulo. Até 1981 foi também ministro de música da PIB de São Paulo. Em 1981 aceitou o pastorado da PIB de Americana, servindo ali até 1984. Além de continuar como professor da FTBSP, ensinou também na Faculdade Teológica Batista de Campinas (SP) e regeu o coro desta instituição durante 1983. Professor de teologia e cultura da Universidade Metodista de Piracicaba (UNIMEP), SP, fez graduação em musica (modalidade composição) na Universidade Estadual de Campinas, em 1989 e concluiu o Mestrado em Educação Musical (modalidade filosofia da educação) na UNIMEP em 1994. Desde que o Amém Nunes foi publicado na primeira coletânea Coral Sinfônico nos anos sessenta, os evangélicos de todo o Brasil cantam as lindas músicas deste dotado compositor, diversas delas no inimitável estilo sertanejo. Além das excelentes músicas para coro, publicadas pela JUERP e outras publicadoras evangélicas, há cantatas (como Glória a Deus nas Alturas, 1974, Povo de Deus e Ele Está Vivo, ambas em 1979) e as coletâneas como O Esperado. As coletâneas Vinde, Cantai e Celebrar... Cantando! Incluíram hinos e seleções corais de Nunes. Edições UNIMEP, Série Musicando, publicou diversas músicas para coro e instrumentos,de Nabor, em 1989. Em agosto de 1981 o ensaísta Rolando de Nassau entrevistou o Pr Nabor em sua coluna em O Jornal Batista e registrou as seguintes palavras do entrevistado: "Não é “a música que o povo gosta” que deve ser produzida, porém aquela que é capaz de elevar o nível do povo a um louvor cada vez mais escolhido. Cantar ao Senhor um cântico novo significa cantar cada vez melhor, músicas sempre melhores. Não é a simples novidade, mas novidade com qualidade que deve ser oferecida ao povo de Deus”.
Nabor Nunes Filho tem conseguido tem conseguido oferecer música desta qualidade ao povo de Deus. Exímio organista, ao longo dos anos Nabor tem dado recitais de peso, como tem regido corais e orquestras, em concerto por todo o Brasil e no exterior, executando suas próprias obras e as de grandes compositores internacionais.
Escritor reconhecido, Nabor Nunes, além de escrever as suas próprias letras para suas composições, publicou um livro de poemas e reflexões em 1986 e é colaborador assíduo de jornais da sua região. Em 1989 foi empossado como membro efetivo da Academia de Letras e Estudos Lingüísticos de Anápolis, Goiás, ocupando a cadeira do Patrono Catulo da Paixão Cearense. Desde janeiro de 1994 ocupa a mesma cadeira na Academia de Letras em Piracicaba (SP). A contribuição musical de Nabor Nunes na IBCOR talvez tenha sido maior depois de ele deixou o Ministério, através das músicas que compôs e que se tornaram parte do repertório dos coros e da Igreja

JAMES FREDERICK SPANN, educador, escritor, compositor, tradutor, compilador de coletâneas de musicas de coros e regente de renome, nasceu em 19 de julho de 1933, em North Little Rock, Arkansas (USA), filho de um ministro de musica. Casou-se com Bettye Clay Brawner e dessa união nasceram James Frederick Spann Junior (Jim), Edward Clay, Grady Brawner e Suzane Davis. Convertido em 1940, Fred foi batizado pelo pastor Taylor Stanfield na Igreja Batista Baring Cross, North Little Rock, Arkansas (USA). Depois de alguns anosde serviço militar sentiu a chamada ministerial.
Cursou o Bacharelado na Universidade Batista de Ouachita e cursou o Seminário Teológico Batista do Sudoeste, Texas (USA), recebendo os títulos de Mestre em Musica Sacra e Mestre em Educação Religiosa e o Doutorado em Educação Musical na Universi dade da Florida. Os primeiros campos de atividade do Dr Fred Spann foram igrejas batistas nos Estados do Missouri e do Texas (USA) e no México.


Fred Spann chegou ao Brasil em 1962, iniciando suas atividades no Seminário Teológico Batista do Norte do Brasil e passando a promover Clinicas de Musica nas igrejas batistas do Estado, em cooperação com a Convenção Batista Evangelizadora de Pernambuco. Durante mais de três décadas Fred Spann “tem exercido um brilhante ministério no Seminário Teológico Batista do Norte do Brasil, na capital pernambucana (...) e tem colocado o Departamento de Musica de seu Seminário numa posição de destaque nos círculos musicais do nordeste”. Alem de dirigir o departamento, o pastor Fred Spann, como é mais conhecido, dirige o Coral Sinfônico do STBNB, cuja influencia se espalha não apenas o Brasil, e de forma particular no Nordeste, mas também nos Estados Unidos e em outros paises, através das apresentações feitas, inclusive nas Assembléias da Aliança Batista Mundial, no Canadá e na Coréia do Sul.
A produção musical de Fred Spann inclui várias composições e compilações de musicas para coro e de hinos, entre as quais merecem destaque as duas coletâneas de O Novo Som e seis coletâneas do Coral Sinfônico “grandemente usadas por corais em todo o Brasil.” Estas musicas compostas por professores do STBNB são prediletas dentre as das coletâneas. Muitos hinos das coletâneas Vinde, Cantai, compilada por ele para a II Campanha Nacional de Evangelização passaram a ser difundidas pelo país e estão incluídos no HCC. Este notável talento musical tem exercido influencia sobre a musica executada nas igrejas batistas, não somente através da sua produção musical, mas através da formação de seus alunos, do Curso de Bacharelado em Musica Sacra, e em matérias curriculares dos Cursos de Teologia e de Educação Religiosa. Articulista apreciado tem deixado sua colaboração em revistas especializadas, em particular na revista de musica Louvor, demonstrando objetividade e senso profissional ”.
O pastor Fred Spann foi sido professor e maestro no âmbito nacional em muitas ocasiões. Dirigiu a musica para diversas assembléias da Convenção Batista Brasileira (CBB) e das Convenções Batistas de Pernambuco. Agiu no ensino e na regência de diversos congressos da Associação de Músicos Batistas do Brasil (AMBB), recebendo desta o Premio “Arthur Lakschetivz”, em 1989, como reconhecimento da sua contribuição para a musica sacra brasileira . No Recife, ainda, teve oportunidade de dirigir, como maestro convidado, a Orquestra Sinfônica Municipal do Recife, no Teatro Santa Isabel.
Nomeado pela Junta de Richmond, para trabalhar no Brasil, como professor de música, em 1965, foi consagrado ao Ministério da Palavra para servir no pastorado da Igreja Evangélica Batista em Casa Amarela, exercido no período de 1965 a 1968.


Convidado para servir como Ministro de Música da IBCOR, dedicou-se a este ministério no período de 1968 a 15 de novembro de 1982, dirigindo a música congregacional e os coros de adolescentes e de adultos (Coro IBCOR), apresentando algumas dezenas e peças musicais, para enlevo desta Igreja e para louvor do Senhor Deus Criador e de Jesus Cristo nosso Salvador entre as quais: “AS SETE ULTIMAS PALAVRAS DA CRUZ”, de Dubois; “A CRUCIFICAÇÃO”, de Steiner (1974); “O MESSIAS”, de Haendel.


Fred Spann contou com bons assistentes, como a professora Dorothy Hickey (pianista) e Osíris de Farias Macedo (organista), autor do arranjos musicais, entre os quais o da música “Amigo, não saias sem Cristo”, mais tarde as pianistas Natercia Câmara e Célia Câmara Reis, mãe e filha.

NILSON GALVÃO SANTOS, baiano, veio estudar no STBNB (1974), fazendo o Curso de Bacharel em Musica Sacra. Casado com Elizeth Amaral Galvão Santos, o casal teve tres filhos: Nilson, Nilzeth e Em 198, Nilson veio para a IBCOR como auxiliar do Pastor Fred Spann1, a quem sucedeu como Ministro de Música da IBCOR, quando este deixou o Ministério.

CARLOS ELMIR ROCHA CAVALCANTI, pernambucano do Recife(PE), Carlos Elmir, filho de Enedina e Euclides Cavalcanti, aprendeu as primeiras notas no lar, com seu pai. Depois de estudar com professores particulares, ingressou no Conservatorio Pernam bucano de Musica, para aperfeiçoar-se em piano. Começou a servir na IBCOR em 1985 como pianista e regente do coro de jovens e, a partir de março de 1986 assumiu o cargo de Diretor de Musica da IBCOR. Ingressou no Curso de Bacharel em Musica Sacra no STBNB, em 1987. Casado com Janeide de Melo Cavalcanti, o casal teve um filho: Elmir Filho.

FRANCISCO JOSE ALVES DE ALMEIDA (Franze), nasceu em Quixadá, no Sertão do Cearã, converteu-se pela palavra de missionaria (JMN) na sua cidade que o incentivou a estudar musica no STBNB em 1988, recebeu o grau de Bacharel em Musica Sacra na Turma do Centenário do STBNB (2002). Serviu na IB de Campo Grande (pastor Francisco Dias) e em 2001 veio para a IBCOR, assumindo o Ministerio de Música. Professor do STBNB serviu à IBCOR até janeiro de 1904, quando aceitou convite da IB do Calhau em São Luis (MA). Casado com Eliana Almeida, o casal deixou a IBCOR ainda sem filhos.

MARCIA ALVES RANGEL nasceu no Recife (PE), em lar cristão, filha de Carmelita e Antonio Rangel. Ainda na infancia demonstrou pendores musicais, levando os seus pais a encaminhá-la para aprendizado com professores particulares. Ingressou no Conservatório Pernambucano de Musica, onde recebeu graduação em piano. Aluna do curso de Medicina da UFPE, recebeu graduação em 1984, fazendo posterior especia-lização em musicoterapia. Ingressou, por concurso na UFPE, como professora de canto e piano, é professora adjunta, estando lotada no Centro de Artes. Serviu à IBCOR como pianista desde a adolescencia em momentos de maior ou menor dedicação, sem se afastar definitivamente, exceto quando estudou no Rio de Janeiro (1986) e residiu em Portugal (1990). Serviu dois períodos como Ministro de Musica da IBCOR: (a) no pastorado Roberto Menezes por um ano; (b) no pastorado de Flávio Germano serviu durante treze meses, até dezembro de 2004, trabalhando nas duas oportunidades com grande dedicação. Reestruturou o coral Florescer e organizou o Coral Masculino. E, sob sua supervisão, Priscila Oliveira organizou o Coro Infantil e Keila Guimarães reorganizou o Coro de Adolescentes e jovens. O Departamento de Musica da IBCOR, sob sua direção, organizou o I Congresso de Musica (2004). A partir de janeiro de 2005 passou a exercer a função de Ministro de Musica Adjunta, trabalho em conjunto com Alcingstone Cunha, convidados pelo Pastor Flavio Germano.

ALCINGSTONE DE OLIVEIRA CUNHA serviu a IBCOR como Ministro de Musica no pastorado Flavio Germano, durante o ministerio Miqueas Barreto, permanecendo até fevereiro 2007quando aceitou convite para Universidade de Campbelville (USA), transferindo-se com a familia.

KEILA SANTOS GUIMARÃES, filha de Eliam Santos e do pastor Daniel Rocha Guimarães, serviu a IBCOR como pianista e assumiu o Ministerio de Música, em fevereiro de 2007, tendo Priscila Almeida Souza como adjunta. A IBCOR conta com os grupos musicais permanentes: (a) Coral Infantil; (b) Coral de Adolescentes; (c) Coral Jovem; (d) Coral Florescer (adulto feminino); (e) Coral Masculino (adulto); (f) Coral IBCOR (masculino misto) e o (g) quinteto feminino Canção de Vida.

OS COROS GRADUADOS DA IBCOR, há muitos que foram projetos da IBCOR e muitos dos seus pastores e ministros de musica desejaram concretizar o sonho de ter a igreja coros de todas as faixas etárias e em alguns momentos o sonho esteve perto de se concretizar. Desde os primórdios da IBCOR houve um grupo que cantava. Inicialmente algumas pessoas mais afeitas a cantar, dirigidas pelo professor Calazans, que ensaiava os hinos do Cantor Cristão e outros avulsos, para canto da congregação. Sucedeu ao professor Calazans o maestro Alcantara, membro da PIB Recife e depois da IB Capunga, que ensaiava o chamado “Coral da Igreja”, que era o coral de adultos, contando com a participação de algumas senhoritas. O chamado Coral da Igreja, hoje é denominado de Coral IBCOR e reune adultos, jovens e alguns adolescentes. Este é o coral que tem atravessado todos os momentos da vida da Igreja, sem sofrer solução de continuidade. O nosso contato com o Coral da Igreja ocorreu em 1971 quando chegamos de Arcoverde, eu, Paulo, Genes e Jenecy Sales e, como lá, desejamos cantar no Coral o qual, aliás estava recrutando integrantes, em face do pequeno numero. Depois de um pequeno teste e de participar de um ensaio, recebemos uma ducha fria: “Para participar do Coral é necessário ser membro da Igreja”, disse a nós Coral Gerson Amorim. O pastor Fred Spann, ouvindo a frase, disse que podiamos pedir carta de transferencia e continuar cantando e os dois podiam se batizar, o que fizemos ainda em 1971. Hoje somos, depois de Nivan Almeida. os mais antigos (não podemos dizer velhos) integrantes do Coral da Igreja (IBCOR).
Na última década do pastorado David Mein, quando a igreja contava com a participação do maestro Fred Spann, haviam o Coral da Igreja (chamado Coro IBCOR), foram organizados o Coro de Adolescente (denominado Coro Novo Som 1972-1976). A semi-narista Ana Maria Prado (aluna de Musica do STBNB), organizou e dirigiu o coro infantil e de juniores, havendo em atividade quatro corais na Igreja.
Na decada oitenta Carlos Elmir reorganizou o coro de jovens e adolescentes e com eles espalhou a Palavra cantada no Nordeste e sua atividade no Coro Jovem serviu de suporte para o Coro IBCOR, que estava desestruturado. Carlos Elmir, além das atividades da Igreja, organizou duas excursões evangelisticas, onde o Coral Jovem e o Coral da Igreja (adultos e jovens) percorreram o Nordeste, na primeira e, o Brasil indo até a região Sul, na segunda, cantando a Palavra de Deus e estimulando as igrejas a organizarem os seus coros. No segundo semestre de 1997, Jacira Almeida empolgada com os cursos de férias na área de música, estimulada por senhoras da Igreja, reuniu um grupo destas, e organizou o Coro Florescer, que se apresentou em novembro de 1997, essa apresentação a marcando a sua organização.
No ministerio de Franzé, enquanto este dava atenção ao Coral da Igreja (IBCOR), a sua esposa Eliana Almeida reorganizou o coro jovem foi reorganizado por, durante algum tempo, teve participação ativa até que problemas de saude da regente, impediu o prosseguimento do trabalho. Nesse ministerio o Coral da IBCOR, com integrantes adultos e jovens, fez viagens as cidades de: (a) Garanhuns (PE), apresentando musicais nas Igrejas Batista e na Presbiteriana de Garanhuns; (b) de Maceio (AL), cantando nas IB do Farol, IB Betel e IB Nova Sião e PIB Maceio; de Aracaju (SE), cantando na Primeira e na Segunda Igrejas Batistas de Aracaju, alem de uma apresentação no Teatro, participando de um Festival de Corais.
Na segunda ocasião em que Marcia Rangel assumiu o Ministerio de Musica da IBCOR (2003) as atividades musicais da Igreja e dos coros tiveram um grande impulso: (1) a Igreja passou a contar com a participação de Keila Gukmarães, eximia pianista; (2) o Coral IBCOR, estimulado pela mudança de estilo da regente, cresceu e melhorou o nivel musical das apresentações; (3) o Coral de Jovens e Adolescentes foi reorganizado por Keila Guimaraes; (4) o Coral Florescer tomou novo impulso ao passar a ser dirigido por Marcia Rangel; (5) o Coral Infantil foi reorganizado pela Seminarista Prescila Almeida (Musica, STBNB; (6) foi organizado o Coral Masculino; (7) o I Congresso de Musica e Louvor da IBCOR foi organizado com a participação da maioria absoluta dos membros da Igreja; e, para fechar o ano (8) no mes de dezembro de 2003 cada um dos corais apresentou uma peça musical no periodo do natal do filho de Deus.
Hoje a IBCOR conta com os seguintes grupos musicais permanentes: (a) Coral Infantil; (b) Coral de Adolescentes; (c) Coral Jovem; (d) Coral Florescer (adulto feminino); (e) Coral Masculino (adulto); (f) Coral IBCOR (masculino misto) e o (g) quinteto feminino Canção de Vida.

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